Introdução
Não se entra na EIKÓNVERSE como quem adquire um serviço — entra-se como quem inicia um percurso. Percurso esse que não se define por deslocamentos físicos, mas por deslocamentos simbólicos. A EIKÓNVERSE é, em essência, um movimento: não apenas movimento do corpo, mas do sentido. Um con-versar profundo entre o que se é e o que se torna.
Um con-versar profundo entre o que se é e o que se torna. O que aqui se estabelece não é apenas uma consultoria, mas um campo hermenêutico em que a imagem, o gesto, a linguagem e a decisão são interpretados como revelações da presença.
O mover-se é, portanto, a gramática mais elementar do ser. A consultoria não organiza este movimento; ela o interpreta, o espelha e o versifica..
O movimento como estrutura simbólica da existência
O sujeito humano não é estático. Sua presença se (re)constrói continuamente a partir de deslocamentos simbólicos: escolhas, rupturas, vínculos, interpretações. Na EIKÓNVERSE, este movimento é tomado como um dado fundacional. Estar no mundo é mover-se — não apenas de um lugar a outro, mas de um sentido a outro. O mover-se é, portanto, a gramática mais elementar do ser. A consultoria não organiza este movimento; ela o interpreta, o espelha e o versifica. Persoalizar é mover com a consciência de que cada passo carrega uma palavra existencial..
Con-versar como gesto de escuta e autorrevelação
O verbo “con-versar” tem origem no latim conversari, que significa “viver em companhia, voltar-se para”. Con-versar não é apenas trocar palavras: é voltar-se ao outro, e também a si mesmo, no processo dialógico. Na EIKÓNVERSE, o con-versar é o método e o mistério. Através do diálogo, o consulente é convidado a interpretar-se. A presença interpretada nasce da escuta atenta, do silêncio elaborado, da palavra que revela — não o que se quer parecer, mas o que, ao ser interpretado, emerge como autêntico. O agente hermenêutico da EIKÓNVERSE con-versa, não instrui. Ele lê os sinais do ser no tempo da linguagem.
Versar-se: tornar-se narrativa de si mesmo
Versar é mais que declamar: é inscrever-se como texto em movimento. A EIKÓNVERSE propõe que a vida do consulente seja compreendida como um poema existencial em andamento — com seus ritmos, rupturas, estrofes dissonantes e harmonias súbitas. Versar-se é reconhecer-se autor de uma narrativa em construção. Não há roteiro pronto. O que existe é a possibilidade de, ao interpretar a própria trajetória, afirmar uma presença que não depende de cargos, títulos ou aparências. O sentido EIKÓNVERSE, assim, é possibilitar que o consulente reconheça sua própria poesia simbólica no espaço do mundo.
Conclusão
O sentido EIKÓNVERSE não está na superfície do que se vê, mas na profundidade do que se interpreta. É um movimento em direção ao centro simbólico da pessoa, operado por um con-versar constante entre o que se é e o que se torna. Ao entrar na EIKÓNVERSE, o consulente não inicia um processo de mudança estética, mas um deslocamento hermenêutico de identidade. Ele não apenas é conduzido — ele se (re)versifica, tornando-se protagonista de uma presença que, ao ser interpretada, transforma o mundo ao seu redor.