Entre o vínculo e o verbo, a ética se manifesta como presença dialógica
Introdução
Se EIKÓNVERSE é con-versar, então há uma ética implícita neste verbo composto. Con-versar não é apenas trocar palavras: é estabelecer um vínculo simbólico, uma presença que se constrói entre sujeitos em diálogo. Esta relação não se baseia em manipulação ou estética vazia, mas em presença ética — onde cada gesto, cada fala, cada silêncio participa da construção de sentido partilhado. Este post trata do con-versar como um ato ético de reciprocidade simbólica e autenticidade interpretativa.
Con-versar é tornar-se presença para o outro
O “con” do conversar implica companhia, proximidade, vínculo. Na perspectiva EIKÓNVERSE, isso significa estar diante do outro como presença plena, inteira, disposta a ser lida e a ler. Não se trata de exibir uma imagem, mas de co-partilhar uma linguagem. Versar com o outro é entrar em campo interpretativo onde ambos se transformam mutuamente.
A ética do não fingimento
A presença simbólica não pode ser construída sobre dissimulação. A EIKÓNVERSE propõe uma ética da autenticidade simbólica: ser coerente entre interioridade e exterioridade; entre o que se diz e o que se é. Con-versar exige verdade interpretada. A imagem deve refletir o real e, ao mesmo tempo, abrir espaço para a possibilidade. Não se trata de ser transparente, mas de ser simbólico com veracidade.
O con-versar como construção simbólica de mundo
Cada vez que um consulente entra em diálogo com o outro, ele não apenas comunica, ele cria mundo. A linguagem não descreve apenas — ela funda. Portanto, conversar é gesto criador. É instaurar realidade simbólica. Por isso, a consultoria EIKÓNVERSE ajuda o consulente a formar um vocabulário coerente com sua imagem simbólica e a estabelecer vínculos que expressem a verdade de seu ethos.
Conclusão
A ética do con-versar é a ética da presença verdadeira. Não é moralismo, mas coerência simbólica. É o compromisso de tornar-se presença significativa onde quer que esteja. EIKÓNVERSE propõe não apenas uma nova forma de ser visto, mas uma nova forma de ser lido — e isso começa por conversar com o outro a partir da própria verdade interpretada.
